
O QUE SÃO SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAFs)?
SAFs ou apenas agroflorestas, de forma simplificada, são sistemas que combinam espécies de plantas de ciclo anual (como o feijão, abóbora, milho, mandioca, hortaliças por exemplo) com espécies de plantas perenes, arbustos e árvores nativas ou exóticas (frutíferas de qualquer espécie ou árvores de sombra ou madeira), visando conciliar a produção agrícola com a conservação do meio ambiente.
Os SAFs podem estar aliados ao manejo agroecológico, processo que redesenha o agroecossistema de forma gradual, iniciando com a redução do uso e consumo de insumos escassos, caros ou ambientalmente danosos, passando pela substituição de insumos e de práticas convencionais por produtos e práticas alternativas de baixo impacto ambiental e ecologicamente corretos.
Benefícios das Agroflorestas!
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Conhença as árvores e frutas cultivadas ou com potencial de cultivo no Sítio do Bello!
Araçá Amarelo
Nome Científico: Psidium cattleyanum Sabine.
Família: Myrtaceae (Mirtácea).
Nomes comuns: Araçaí, araçá do campo, araçá mirim; araçá do Brasil; goiaba rasteira; goiabinha.
Origem: América Central e do Sul; sendo encontrado nos principais ecossistemas do país: na Floresta Amazônica, no Cerrado e na Mata Atlântica.
Da mesma família da goiaba, porém de sabor mais ácido, é utilizada na forma de sucos, sorvetes, geleias e doces, tais como a araçazada, doce similar à goiabada. Também dá origem a mel de boa qualidade. É uma fruta rica em vitamina C, com teores maiores do que os da goiaba e o das frutas cítricas.
Na medicina popular, as raízes são utilizadas como diurético e antidiarréico. As folhas novas são adstringentes, utilizadas na forma de chá como antidiarréico. Os frutos são colhidos entre a primavera e o verão e são obtidos, predominantemente, de forma extrativa em áreas de mata nativa, pela população local.
Desde 1999, o Sítio do Bello iniciou um cultivo comercial em pequena escala do araçá, cujas primeiras colheitas significativas ocorreram em 2004/2005.
Foto: Benjamin Becker| Texto Fonte: Carlos

Araçá Boi
Nome Científico: Eugenia stipitata
Família: Myrtaceae (Mirtácea).
Nomes comuns: Araçá manga, planta iogurte, pé de iogurte, goiaba amazônica, ubá caxi, araçá açu.
Origem: Região amazônica.
Da família da goiaba e da jabuticaba, é uma fruteira arbustiva com cerca de três metros de altura, nativo da Amazônia Ocidental, usualmente cultivada no Brasil, no Peru e na Bolívia.
A planta é um arbusto com cerca de três metros de altura, com ramos desde o solo. Seu fruto tem cor amarelada quando maduro, contém em média 11 sementes e chega a pesar 450 gramas.
Cresce bem em solos de baixa fertilidade, com pH aproximado de 4,0 a 4,5 e em regiões com médias de chuvas 1.700 mm até 3.150 mm anuais, e temperatura média ao redor de 25 ºC.
A polpa do fruto é mole e suculenta, de cheiro agradável e de sabor ácido, podendo ser usada para refresco, sorvete, creme e outros.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: INPA

Cabeludinha
Nome Científico: Myrciaria glazioviana (Kiaersk.) G.M.Barroso ex Sobral
Família: Myrtaceae
Nomes Comuns: Guapirijuba, Jabuticaba-Amarela, Peludinha, Vassourinha Da Praia.
Origem: Nativa das serras litorâneas e restingas presentes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e parte do estado de Minas Gerais.
A cabeludinha possui arbusto perene de 2 a 4 m de altura com copa frondosa e compacta. Suas folhas são verdes, coriáceas, alongadas com 6 a 11 cm de comprimento, formadas dois a dois e opostas nos ramos, a nervura principal é saliente na face inferior e as margens do limbo recurvadas para baixo.
As espécies de árvores nativas como a CABELUDINHA são muito indicadas para ações de reflorestamento, preservação ambiental, arborização urbana, paisagismos ou plantios domésticos. O reflorestamento, por exemplo, corresponde a implantação de florestas em áreas que já foram degradadas, seja pelo tempo, pelo homem ou pela natureza.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: SiBBr and IBF

Cajá Mirim
Nome Científico: Spondias mombin
Família: Anacardiaceae
Nomes comuns: cajá, cajazeira, cajá-cajazeiro, taberibá, cajarana, cajá-da-mata.
Origem: Ocorrência natural em Roraima e no estado do Rio de Janeiro, porém pode ser encontrada em diversos estados brasileiros e em outros países como México, Honduras, Bolívia, Peru, Equador e Venezuela.
Nome Científico: Spondias mombin
O crescimento do cajá-da-mata é moderado. As e as árvores dessa espécie são utilizadas como cerca-viva, como sombreiras, também servindo para alimentar o gado.
Os frutos, de cor amarela,são usados no preparo de vinhos, sorvetes, refrescos, sucos, licores, doces, geleias e compotas, mas seu grande valor está
como refrigerante, de sabor excelente. Em virtude disso, essa espécie é muito cultivada nos estados do Norte e Nordeste do País. Na extremidade de suas raízes, cria-se um tubérculo que, outrora, por ocasião das grandes secas no Ceará, era colhido para o fabrico da farinha.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: Embrapa

Cajamanga
Nome Científico: Spondias cytherea Sonn
Família: Anarcadiaceae
Nomes comuns: CAJÁ-MANGA, CAJARANA.
Origem: Taiti
Planta cosmopolita tropical, desde o período colonial, com 10 a 15 m de altura.
De polpa firme, agridoce e amarela, os frutos são usados na produção de marmelada, conservas, sorvetes e refrigerantes. Fermentada com laranja, produz bebida alcóolica apreciada no Taiti. É também, consumida ao natural.
Os frutos começam a ser colhidos entre o fim de fevereiro e o começo de março e a safra estende-se até julho, na nossa região.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: CATI

Cambucá
Nome Científico: Plinia edulis (Vell.) Sobral
Família: Myrtaceae
Nomes Comuns: Popularmente conhecido como Cambucá ou cambucazeiro.
Origem: Nativa da Mata Atlântica, ocorre do estado do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
Os frutos do cambucá, semelhantes aos da jabuticaba, são grandes, alaranjados,carnosos e adocicados, consumidos principalmente in natura. São muito apreciados e, por esse motivo, a espécie é muito cultivada em pomares domésticos.
A floração ocorre a partir de outubro e prolonga-se até dezembro; os frutos são colhidos entre os meses de dezembro e janeiro.
Foto: Benjamin Becker| Fonte: CNCFlora

Cambuci
Nome Científico: Campomanesia phaea (O.Berg) Landrum
Família: Myrtaceae (Mirtácea)
Nomes comuns: Cambucizeiro, Ubucambuci, Camuci, Camoti e Camocim.
Origem: Espécie endêmica do Brasil Planalto Paulista, com relato de ocorrência na Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro.
Os frutos dessa espécie, que tem o formato achatado que lembra um disco voador, são verdes, mesmo quando maduros, de polpa carnosa, suculenta e ácida. São usados para a produção de suco, sorvete, licor, fermentados alcoólicos e não alcoólicos, geléia, farinha para bolos e xarope. Pesquisas constataram altos teores de vitamina C e compostos com ação antioxidante no fruto.
É também utilizado para o preparo de pratos salgados e molhos, além do óleo essencial, encontrado nas folhas, ser altamente valorizado pelas indústrias cosmética e farmacêutica.
Na região de Paraibuna (SP), a colheita inicia-se em março e pode prolongar-se até maio. Em algumas partes do município, ocorre uma “safrinha” em novembro.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: CNCFlora

Cereja do Rio Grande
Nome Científico: Eugenia involucrata DC.
Família: Myrtaceae
Nomes comuns em todo Brasil: cerejeira-do-mato, pitanga-preta, cereja-do-mato, cereja-do-rio-grande e cerejeira-da-terra.
Origem: Nativa da Mata Atlântica, ocorre do estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Os frutos dessa espécie são pequenos e têm cor violáceo-escuro e sua polpa carnosa é suculenta e adocicada. Além de consumidos in natura, são usados no preparo de sucos, doces, geléia e licores.
A espécie é muito cultivada em pomares domésticos no sul do Brasil.
A colheita ocorre de outubro a dezembro.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: Embrapa

Feijoa | Goiaba Serrana
Nome Científico: Acca sellowiana (Berg.) Burret
Família: Myrtaceae
Nomes Comuns: feijoa, goiaba do mato, guayabo verde ou guayabo del país.
Origem: é nativa do Sul do Brasil e da região nordeste do Uruguai.
Os frutos dessa espécie tem o formato oblongo, a casca é verde e a polpa tem uma coloração clara, sabor e o aroma característicos. São consumidos in natura e na forma de sucos, geleias, licores, entre outros. Além disso, têm propriedades bactericidas e antioxidantes, que podem ser atribuídas à presença de compostos fenólicos.
A colheita ocorre de janeiro a março.
Foto: Benjamin Becker| Texto Fonte: Embrapa

Fruta do Lobo | Loboeira
Nome Científico: Solanum lycocarpum
Família: Solanaceae
Nomes comuns: Fruta-do-lobo, lobeira, o, fruteira-de-lobo, jurubebão e jurubeba-lobeira.
Origem: Em todo o Brasil tropical e subtropical, com predominância nos Cerrados e Campos do Brasil Central.
Os frutos dessa espécie são arredondados com diâmetro entre 8 e 13 cm, de coloração verde, mesmo quando maduros, de polpa carnosa e adocicada, são utilizados para o preparo de doces e geléias.
É espécie que carece de maiores estudos, mas há relatos de efeito laxante, quando consumido em maiores quantidades, e do uso como diurético, calmante, antiespasmódico e antiepiléptico entre as populações rurais dos locais de ocorrência da espécie.
Embora as árvores produzam, praticamente, durante todo o ano, a maioria dos frutos está madura entre os meses de setembro e dezembro.
O nome popular da espécie tem origem no fato dos seus frutos constituírem até 50% da dieta alimentar do lobo-guará.
Foto: Benjamin Becker| Fonte: Embrapa

Grumixama
Nome Científico: Eugenia brasiliensis Lam.
Família: Myrtaceae
Nomes comuns em todo Brasil: Grumichameira, grumixaba, grumixameira, ibaporoiti, grumixama, cumbixaba, ibaporoti, cereja brasileira.
Origem: Brasil, está distribuída na Mata Atlântica costeira do sul da Bahia até Santa Catarina.
Os frutos dessa espécie são pequenos arredondados achatados, lembrando os da cerejeira. Quando maduros, têm coloração amarela ou vinácea-escura (dependendo da variedade) e polpa carnosa e adocicada; são consumidos in natura ou utilizados para o preparo de sucos, doces e geléias.
A literatura relata propriedades medicinais adstringente, aromática, diurética, energizante, revitalizante, anti-inflamatória e antirreumática.
A colheita ocorre de novembro a dezembro.
No Horto: Um único indivíduo, com frutos maduros em novembro.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: UFRJ

Jabuticaba
Nome Científico: Plinia cauliflora (DC) Kausel.
Existem várias espécies de jabuticaba do gênero Plinia, sendo P. cauliflora a mais comum.
Família: Myrtaceae
Nomes Comuns: jabuticabeira ‘Paulista’, ‘Açu’ ou ‘Ponhema e a Myrciaria jabuticaba conhecida como jabuticabeira ‘Sabará’
Origem: Nativa da Mata Atlântica, principalmente na região sudeste..
Os frutos das diferentes espécies de jabuticaba, que nascem presos aos caules e aos ramos, medem de 2,2 a 2,8 cm, têm cor vinácea-escura (exceto os da Plinia aurea que possui frutos verdes), são carnosos, suculentos e doces. São consumidos in natura e usados na produção de sucos, vinhos, licores, geleias e até vinagre.
Estudos descobriram que a jabuticaba é um fruto rico em ferro, cuja deficiência no organismo pode levar à anemia.
A colheita ocorre de setembro a outubro.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: FioCruz

Jenipapo
Nome Científico: Genipa americana L.
Família: Rubiaceae.
Nomes comuns em todo Brasil: Jenipapo-da-américa, jenipapo-branco; jenipapo-comum e jenipapo-manso.
Origem: Nativa em diversos países da América do Sul e em diversos estados do Brasil, incluindo São Paulo.
Os frutos dessa espécie são pardacentos, carnosos e adocicados. Podem ser consumidos in natura, porém são mais apreciados na forma de compotas, vinhos, licores, doce em massa, geleia e doce cristalizado. Verdes, são utilizados pela indústria para a extração de um corante azul e pelos nativos do Brasil para obtenção da cor preta na pintura corporal.
A colheita de frutos maduros ocorre de novembro a dezembro.
Foto: Benjamin Becker | Texto Fonte: Embrapa

Pitanga
Nome Científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae (Mirtácea).
Nomes comuns: O nome comum tem origem indígena, do tupi pi´tãg, que significa vermelho, em alusão à cor do fruto.
Origem: No Brasil, ocorre naturalmente da Bahia até o Rio Grande do Sul, em quase todas as formações florestais, mas ocorre também no norte da Argentina.
Os frutos dessa espécie são carnosos, têm coloração amarela, vermelha ou vináceo-escura (dependendo da variedade), sabor entre doce e ligeiramente ácido. São consumidos in natura e utilizados no preparo de sucos, sorvetes, picolés, doces, licores e fermentados.
A colheita ocorre de outubro a janeiro.
Foto: Benjamin Becker | Fonte: Embrapa

Sapucaia
Nome Científico: Lecythis pisonis Cambess.
Família: Lecythidaceae
Nomes Comuns: Sapucaia, castanha-sapucaia, cumbuca-de-macaco, caçamba-do-mato, marmita –de-macaco.
Origem: Originária do Brasil, com distribuição geográfica do Ceará até o Rio de Janeiro, frequente no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo. Pode ser também encontrada, em estado nativo, na região amazônica.
Os frutos dessa espécie têm um formato globoso com uma parede lenhosa e espessa e muito dura, o que faz com seja utilizado como enfeite e como recipiente na zona rural. As sementes ou castanhas são comestíveis e muito saborosas. Delas é extraído um óleo de uso medicinal.
A colheita ocorre de agosto a setembro.
Foto: Benjamin Becker | Fonte: UFRJ

Seriguela
Nome Científico: Spondias purpurea L.
Família: Anacardiaceae
Nomes comuns: Siriguela, Ciriguela, Ciruela, Ambu, Ambuzeiro, Ameixa-da-espanha, Cajá-vermelho, Ciroela, Imbu, Imbuzeiro, Umbu, Umbuzeiro, Jocote, Ciruela-mexicana.
Origem: É uma árvore de grande dispersão por toda a América Tropical, do México até o Brasil.
Os frutos dessa espécie, ricos em vitamina C, são de coloração alaranjada a vermelha, carnosos e contém uma semente grande (caroço). São consumidos in natura e usados no preparo de sucos, sorvetes, geleias, licores e também no preparo de pratos salgados.
O processamento das sementes produz uma farinha que pode ser utilizada no preparo de doces.
A colheita ocorre de dezembro a março.
Foto: Benjamin Beck | Fonte: UENF

Uvaia
Nome Científico: Eugenia pyriformis
Família: : Myrtaceae
Nomes comuns em todo Brasil: eucaliptinho, orvalha, pitanga, ubaia, uvaia, uvaieira, azedinha, jaboticaba-do-campo, ovaia, uvaia-do-mato, uvalha-do-campo e uvalheira, cerejeira e uvaieira e uvalha.
Origem: Nativa da Mata Atlântica, ocorre de São Paulo até o Rio Grande do Sul.
Os frutos dessa espécie têm coloração amarela e são carnosos, suculentos e ácidos. São consumidos in natura e usados no preparo de sucos, licores, sorvetes e geleias.
A colheita ocorre de outubro a dezembro.
Foto: Benjamin Becker | Fonte: Embrapa
